Alimentação Escolar

A escola se apresenta como um espaço e um tempo privilegiados para promover a saúde, por ser um local onde muitas pessoas passam grande parte do seu tempo, vivem, aprendem e trabalham. O ambiente de ensino, ao articular de forma dinâmica alunos e familiares, professores, funcionários técnicos ?administrativos e profissionais de saúde, proporciona as condições para desenvolver atividades que reforçam a capacidade da escola de se transformar em um local favorável à convivência saudável, ao desenvolvimento psico-afetivo, ao aprendizado e ao trabalho de todos os envolvidos nesse processo podendo, como conseqüência, constituir-se em um núcleo de promoção de saúde local.
Para que haja saúde, o nosso corpo necessita de uma alimentação adequada, e para prevenir as enfermidades é importante uma boa nutrição. Segundo o texto extraído da Revista “Ciência Hoje”, ed. nº 45 p. 23 de setembro de 2002, “a alimentação é um direito humano, como o nome indica, os Direitos Humanos são aqueles que todos os seres humanos possuem por direito”.
A merenda servida aos alunos nas escolas é um complemento alimentar. Logo, busca-se saber, se ela vem suprindo as necessidades nutricionais que as crianças precisam durante a fase escolar.

2 ALIMENTAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR
Para que haja saúde, o nosso corpo necessita de uma alimentação adequada, e para prevenir as enfermidades é importante uma boa nutrição. O corpo humano é feito de diversos materiais e estes podem ser fornecidos por uma grande variedade de alimentos que visam atingir uma boa saúde. Os Alimentos são todas as matérias sólidas e líquidas que, levadas ao trato digestivo são utilizados para manter e formar os tecidos do corpo, regular os processos corporais e fornecer calor, dessa maneira mantendo ávida. Eles são constituídos por vários componentes, tanto orgânicos como inorgânicos, na realidade são compostos químicos ou mistura deles.
Comer não é apenas fazer o alimento chegar até o estomago. Os cuidados de higiene, a aparência, o cheiro e o sabor do alimento, o jeito e o ambiente em que fazemos nossas refeições também são importantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), citada por Leão Starling Lavounier (1998), nutrição é o processo pela qual os seres vivos recebem e utilizam os nutrientes necessários a manutenção da vida, ao crescimento, ao funcionamento normal dos órgãos e a produção de energia.
Os alimentos, depois de digeridos fornecem ao corpo os açúcares, as gorduras, as proteínas, os sais minerais e as vitaminas indispensáveis ao funcionamento de todos os nossos órgãos.
Nenhum tipo de alimento contém todos os nutrientes de que o corpo precisa. Por isso é importante uma alimentação variada: de tudo um pouco. Uma boa alimentação é a condição fundamental para o bem estar e saúde dos indivíduos, são essenciais para o crescimento de crianças e adolescentes.
O bom funcionamento do corpo depende de uma boa alimentação, pois o nosso corpo precisa de vitaminas, proteínas, carboidratos, pois a falta das mesmas podem causar a longo e a curto prazo a desnutrição e deficiência no aprendizado.

Cardápio Balanceado
Quem vai para a escola tem fome de aprender, desde que não tenha fome de fato. Não há quem consiga se concentrar com pouca ou nenhuma comida no estômago, como já perceberam milhares de professores. O aluno fica apático, sonolento ou irritadiço. Não é por outra razão que desde 1954 existe o programa da merenda, que hoje alimenta 36,9 milhões de crianças.
Se hoje em dia é consenso entre os especialistas que não cabe à escola resolver a desnutrição, cabe a ela, sem dúvida, “matar a fome do dia”. E se essa função for encarada como uma forma saudável de transmitir conhecimento, a merenda fica muito mais saborosa.
Não basta matar a fome. É preciso enfrentá-la de uma maneira eficaz, equilibrada, fornecendo aos alunos nutrientes complementares aos que ele costuma receber em casa. Frutas, legumes e verduras, por exemplo, não fazem parte do cardápio médio do brasileiro, excessivamente calórico e concentrado em amido e proteínas. Vêm dele, aliás, alguns sinais preocupantes que algumas pesquisas já detectaram. O mais visível é o aumento da obesidade infantil, inclusive em populações de baixa renda.
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com 2,5 mil crianças entre 7 e 10 anos de idade em escolas públicas paulistanas revelou 12% de obesos, bem acima da média nacional, que gira em torno de 5%. “O pior dos mundos é a obesidade com falta de nutrientes, pois pode gerar precocemente o diabete, a hipertensão e complicações cardiovasculares”, alerta a engenheira de alimentos Maria Antonia Galeazzi, coordenadora do Sistema de Acompanhamento e Monitoramento do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Outra pesquisa, realizada entre 1996 e 1998 e conduzida pela própria coordenadora do PNAE, revelou que o brasileiro consome entre 13 e 15 gramas de sal por dia, quando o máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de 6 gramas. “Por causa desses dois problemas, hoje 10% de nossos adolescentes são hipertensos”, afirma Maria Antonia.
O médico Flavio Schieck Valente, consultor do Ministério da Saúde e do Comitê Permanente de Nutrição da ONU, acrescenta outro problema: “Muitas crianças brasileiras em faixa escolar apresentam falta de ferro no organismo. Isso afeta diretamente a aprendizagem, pois dificulta a concentração”. Tal carência poderia ser suprida com o oferecimento alternado de ovos, carnes, vísceras (fígado), feijão e folhas verdes. Valente dá uma pista para identificar uma boa oferta de nutrientes: “Um prato com muitas cores em geral indica uma dieta bem balanceada”.
O cardápio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) de acordo com a nutricionista do programa o cardápio da merenda escolar deve ter: Carboidratos, lipídios, sais minerais, cálcio, ferro, fósforo e vitaminas.
O homem sempre esteve preocupado com sua alimentação. Comer é um prazer e pode ser a fuga para uma serie de problemas que o individuo enfrenta em sua vida. Se não tivermos uma alimentação, e conseqüentemente, uma nutrição adequada, podemos ter um retardo na eficiência física. Uma diminuição da capacidade para o trabalho, e poderemos sentir uma fraqueza muscular.
As pessoas mal nutridas poderão tornar-se irritáveis, morosas, deprimidas, e sem iniciativas ou ambição.
Portanto a nutrição adequada e essencial para o desenvolvimento das funções normais do organismo; para redução, crescimento e conservação da vida; para uma boa atividade e eficiência no trabalho, para resistências as infecções e para capacidade de reparar as lesões corporais.
O mal estado nutricional existe quando o individuo é privado de uma quantidade adequada de nutrientes essenciais durante um período prolongado de tempo ou esta com excesso desses nutrientes. Uma boa nutrição é a condição fundamental para o bem estar e saúde dos indivíduos adultos e essenciais para manutenção do crescimento de crianças e adolescentes.
Nossa comida deve, por isso, ser variada e compreender, em proporções convenientes de equilíbrio, todos os alimentos nutritivos requeridos no interesse da nossa saúde. Nosso organismo precisa de alimentos que forneçam nutrientes construtores, energéticos, e reguladores e de proteção.
Os nutrientes construtores participam do crescimento e do reparo do organismo. As proteínas encontradas no leite, na carne, no ovo, no feijão, na soja, no peixe são os principais nutrientes construtores. As proteínas não podem faltar na alimentação de qualquer pessoa, principalmente de crianças e jovens.
Os nutrientes energéticos fornecem a energia necessária para as atividades gerais do corpo. O açúcar de mesa e das frutas, o amido do pão, do macarrão e das massas em geral, e as gorduras, são nutrientes energéticos.
Os nutrientes reguladores ou de proteção defendem o organismo de certas doenças. As vitaminas e os sais minerais encontrados no leite, nas verduras, das frutas e nos legumes são nutrientes reguladores ou de proteção. Quando a alimentação oferece diferentes tipos de nutrientes, ela é considerada equilibrada ou balanceada.
Segundo a nutricionista, as necessidades calóricas diárias para a faixa etária entre 7 a 10 anos, de acordo com a RDA (Recomnended Dietay Allowances) 1989, recomenda-se uma alimentação que contenha os seguintes nutrientes:
Calorias = 70 Kcal / dia;
Proteínas = 28g / dia;
Vitamina A = 700 mcg / dia;
Vitamina C = 45 mcg / dia;
Cálcio = 800 mg /dia;
Ferro = 10 mg / dia.
De acordo com a resolução nº 015 de 25/08/2002, do Ministério de Saúde (Governo Federal), recomenda-se que, 15% das necessidades diárias dos alunos no cardápio da alimentação escolar, correspondam a 350 Kcal e 9g de proteínas, no mínimo.

3 CONCLUSÃO
A escola também deve educar o aluno quanto ao valor e higiene dos alimentos, a conveniência de uma mastigação correta, entre outros hábitos de higiene.
A merenda escolar é importante complemento alimentar dos alunos, mas, é no ambiente familiar que se deve realizar as demais refeições (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar). Sendo assim, o cardápio deve ser equilibrado com todos os alimentos do grupo dos energéticos, que fornecem energia para as crianças.
A principal finalidade da alimentação é fornecer ao organismo, substanciais que dêem energia, sabemos que os alimentos representam o combustível que faz o corpo funcionar.
È importante dar a crianças, a quantidade de alimentos de que ela necessita, mas, não devemos esquecer de que é muito mais importante, o que a criança come, do que quanto ela come.
É importante ressaltar que, quanto à quantidade de alimentos consumida é aquela que satisfaz o desejo de se alimentar e que, promova o bom desenvolvimento corporal, o que não significa engorda excessiva.
Há também a necessidade de boa apresentação da refeição, a comida de ser limpa de boa qualidade. Na escola é possível, muitas vezes mais do que em nossa própria casa, promover a educação alimentar. É preciso criar hábitos alimentares saudáveis nas crianças, fazer com que elas aceitem um cardápio rico em legumes, verduras e frutas, e que absorvam a quantidade e a qualidade dos nutrientes necessários para o seu desenvolvimento. O Estado, a Sociedade e cada um de nós devem reconhecer que ela tem, como todos os seres humanos, direito à igualdade, à dignidade, à liberdade, à vida, a expressar suas idéias e convicções, além de se alimentar bem e de forma digna.
Uma boa alimentação é a condição fundamental para o bem estar e saúde dos indivíduos, são essenciais para o crescimento de crianças e adolescentes. O bom funcionamento do corpo depende de uma boa alimentação. A falta dessas vitaminas e proteínas pode causar a longo e a curto prazo a desnutrição e deficiência no aprendizado, além da evasão escolar.
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